Homens 50+: envelhecer sem precisar endurecer
Depois dos 50, muita coisa muda: corpo, trabalho, família, sexualidade, amizades,
projetos de futuro. E nem sempre os homens têm um lugar seguro para falar disso.
Quando o envelhecer começa a pesar
A famosa “crise dos 50” nem sempre é só crise – às vezes é um chamado.
Mas pode vir acompanhada de:
- medo de adoecer, perder autonomia ou “dar trabalho” para a família;
- dúvidas sobre o valor que ainda se tem no trabalho ou na aposentadoria;
- alterações na sexualidade, desejo e desempenho;
- solidão, especialmente quando filhos saem de casa ou relações mudam;
- sensação de que “a melhor parte da vida já passou”;
- dificuldade de falar de fragilidade, tristeza ou medo com outras pessoas.
Isso pode fazer com que o envelhecer seja vivido em silêncio.
Masculinidades e envelhecer
Envelhecer como homem também é lidar com expectativas sobre virilidade, produtividade,
força e controle. Muitas vezes, o corpo envia mensagens que não combinam com essa
imagem de “dar conta de tudo”.
Em terapia, podemos conversar sobre:
- como você aprendeu o que é “ser homem” e como isso te ajuda ou te pesa hoje;
- relações com pai, mãe, parceiros(as), filhos, amigos;
- como você cuida (ou não cuida) de emoções como medo, tristeza, raiva, ternura;
- possibilidades de viver uma masculinidade mais flexível, humana e presente.
Corpo, saúde e limites
Após os 50, o corpo costuma pedir mais atenção: exames, remédios, cuidados que
antes não eram necessários. Às vezes surgem:
- dores crônicas, alterações de sono, cansaço frequente;
- preocupações com desempenho sexual e imagem corporal;
- medos ligados a diagnósticos e tratamentos.
Em Gestalt-Terapia, o corpo não é separado da história. Olhamos para como ele
fala de cansaços antigos, de exigências, de formas de se colocar no mundo.
Trabalho, aposentadoria e sentido de vida
Para muitos homens, o trabalho ocupou um lugar central na construção de identidade.
Quando esse lugar muda – por aposentadoria, desemprego ou reconfiguração – podem surgir:
- sentimento de inutilidade ou perda de valor;
- dúvidas sobre o que fazer com o tempo e com a própria história;
- conflitos em casa com novas rotinas e papéis.
A terapia pode ser um espaço para revisitar sua trajetória, reconhecer conquistas e
limites, e abrir espaço para novas formas de estar no mundo para além do trabalho.
Como a Gestalt-Terapia pode ajudar homens 50+
Na Gestalt-Terapia, não buscamos um ideal de “homem bem resolvido”. O foco é
acompanhar você a:
- nomear medos e fragilidades sem ser ridicularizado;
- olhar com mais cuidado para o corpo e seus sinais;
- reorganizar prioridades, vínculos e projetos possíveis para este momento de vida;
- construir modos de envelhecer que tenham a ver com quem você é – não com o que
esperam de você.
você é agora, com a história que já viveu e o tempo que ainda tem.
Se você é um homem 50+, 60+ e sente que o envelhecer tem trazido perguntas, medos
ou um cansaço difícil de nomear, podemos começar com uma conversa para entender
o que você está vivendo.